segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Nascimento do Grátis

O texto começa relatando a história de Perlae Wait, um carpinteiro de Nova York, que se dedicava a empacotador de remédios patenteados nas horas vagas, e certo dia em 1895, sentado à sua mesa de cozinha mexia na gelatina que acreditava um dia fazer bastante sucesso. Perlae queria muito entrar no novo negócio de alimentos embalados e achava que a gelatina seria o grande sucesso se ele conseguisse descobrir como torná-la mais atrativa.

A partir disso, percebeu que as gelatinas com sabor poderiam vender mais, de modo que, misturando os sucos de fruta além de açúcar e corantes alimentares, a gelatina poderia assumir uma forma transparente e ao mesmo tempo divertida. Para distanciar ainda mais o produto das suas origens de matadouro, suas esposa, Mau, rebatizou o produto de Jell-O. Tinha tudo para ser um sucesso. Mas não foi. O Jell-O era um alimento estranho demais e uma marca desconhecida para os consumidores daquela época, que valorizavam as receitas vitorianas. Durante dois anos, Wait tentou instigar o interesse pela gelatina mas não obteve sucesso. Desistiu e em 1899 vendeu sua marca registrada por $450.

Woodward era um ótimo vendedor e morava no lugar certo. A cidade de LeRoy se tornara uma espécie de incubadora de produtos do século XIX, mais conhecida por seus fabricantes de remédios patenteados. Porém, até a empresa de Woodwars, a Genesee Pure Food Company, teve dificuldades de encontrar um mercado para a gelatina em pó. Era um produto novo e desconhecido e consequentemente muito difícil de vender.

Dessa forma, em 1902, Woodward e seu diretor de marketing, William E. Humelbaugh, tentaram uma nova saída. Eles elaboraram um anúncio proclamando a Jell-O como a sobremesa mais famosa da América, explicando as vantagens do produto, que podia ser servida de diversas formas. A partir de então, Genesee imprimiu dezenas de milhares de panfletos com receitas do Jell-O e os entregou a seus vendedores para distribuí-los de graça às donas de casa. Viajavam pelo país em suas carroças, proibidos de vender porta a porta sem uma licença de vendedor ambulante, porém, os livros de receitas eram gratuitos. Podiam bater às portas e dar à dona da casa um livro de receitas grátis, sem compromisso. Depois disso, espalharam para os comerciantes que em alguns dias consumidores iriam atrás da Jell-O, e o convenceram a comprar o produto. Em 1904, a campanha se transformara em um enorme sucesso. Dois anos mais tarde, o Jell-O atingiu a marca de um milhão de dólares em vendas anuais. O Jell-O se tornou item obrigatório em qualquer cozinha americana. E assim nasce uma das ferramentas de marketing mais importantes do século XX: dar uma coisa para criar demanda de outra.

Ao mesmo tempo, o exemplo mais famoso desse tipo de marketing estava sendo maquinado em Boston.  Aos 40 anos, King Gillette era um inventor frustrado, um anticapitalista amargurado e um vendedor de tampas de garrafa revestidas de cortiça. Apesar de todas as ideias, energia e dos pais ricos, seu trabalho rendia poucos frutos. Tinha ideias, mas todas elas um fracasso.

Um dia, fazendo a barba com uma navalha gasta, ele teve a brilhante ideia de criar uma lâmina fina de metal que pudesse, além de ser mais prática no ato de barbear, ser descartado quando já gasto. Alguns anos de experimentação metalúrgica mais tarde, nasceu o aparelho de barbear seguro e descartável. Mas não foi um sucesso imediato. Durante anos, tentou várias estratégias de marketing para que produto fizesse sucesso. Barbeadores eram vendidos com praticamente tudo, desde chicletes da Wrigley a pacotes de café, chá, temperos e marshmallows. Os brindes ajudaram a vender esses produtos, mas a tática ajudou a Gillete ainda mais. Ao vender um produto barato para os parceiros que davam os aparelhos de barbear de graça, eles criavam uma demanda por lâminas descartáveis. O verdadeiro lucro da Gillette provinha da alta margem das lâminas.

Surgindo com esses experimentos no início do século XX, o Grátis abasteceu uma revolução do consumidor que definiu os 100 anos subsequentes. A ascensão da indústria publicitária e o surgimento do supermercado fizeram do consumidor o “apaixonado” pelo Grátis. O rádio e a televisão aberta uniram uma nação e criaram um mercado de massa. “Grátis” era a “moda” do marketing moderno, e o consumidor nunca deixava de responder.

Hoje, no início do século XXI, está se inventando uma nova forma de Grátis que irá definir a próxima era. A nova forma de Grátis não é um truque para transferir dinheiro de um bolso para outro, é impulsionado por uma extraordinária nova capacidade de reduzir os custos dos bens e serviços a quase zero. Essa nova forma de Grátis está baseada na plataforma digital.

Uma década e meia depois do grande experimento on-line, o grátis se tornou o padrão, e o pagamento se tornou um caminho para a obscuridade. Em 2007, o jornal The New York Times foi disponibilizado gratuitamente on-line, assim como grande parte do conteúdo do Wall Street Journal, usando um inteligente modelo híbrido que disponibilizava as notícias gratuitamente onde as pessoas podiam compartilhar as notícias. Além disso, bandas de rock passaram a divulgar suas músicas online, ao perceberem que isso lhes poderiam garantir mais fãs. Hoje em dia, os modelos de negócios mais interessantes estão descobrindo maneiras de ganhar dinheiro em função do Grátis. Cedo ou tarde, as empresas terão que se adequar a isso, descobrindo como se utilizar do Grátis. 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Redes Sociais na Internet: Considerações Iniciais - Raquel da Cunha Recuero (Resumo)

Inicialmente, as teorias das redes encontravam-se principalmente nos trabalhos de Euler, um matemático que criou o primeiro teorema da teoria dos grafos. Esse tipo de concepção das coisas como rede seria essencial para a compreensão das relações complexas do mundo.

A análise das redes sociais é feita através de duas grandes visões do objeto de estudo: as redes inteiras, as quais focam na relação estrutural da rede com o grupo social, sendo assinaturas de identidade social onde o padrão de relações entre os indivíduos mapeia as preferências envolvidas na rede, e as redes personalizadas que tem um foco no papel social do indivíduo não apenas através dos grupos (redes) a que pertencem, mas também através das posições que ele tem nessas redes. Garton, fala que a análise das redes sociais tem como foco principal os padrões de relações entre as pessoas. Com o intuito de ir além dos atributos individuais, a análise das redes sociais busca novas “unidades de análise”, como: relações (conteúdo), laços sociais (concepção de pares de atores através de relações), multiplexidade (quanto mais relações um laço possui, mais multiplexidade ele tem), composição do laço social (derivada dos atributos individuais dos atores envolvidos). A análise das redes sociais tem como foco a interação, que irá estabelecer as relações sociais entre os agentes humanos, originando as redes sociais, no mundo concreto e no mundo virtual. Isso acontece porque em uma rede social, as pessoas são os nós e as arestas são feitas através dos laços sociais.

Nos últimos anos, tem sido dada uma atenção às redes complexas. Segundo Watts, a diferença é que anteriormente as redes eram vistas como estruturas fixadas no tempo, porém, hoje leva-se em conta a dinamicidade dessas redes, estando elas em constante mudança. De acordo com Paul Erdos e Alfred Rényi, ambos matemáticos, as redes demonstraram que bastava uma conexão entre cada uma das pessoas de uma festa, para que todos estivessem conectados ao final dela. Eles também atentaram para outro fato, quanto mais links eram adicionados, maior a probabilidade de grupos de nós mais conectados, acreditando que esses nós eram conectados através do processo de formação dos grafos randômico, no sentido de que esses nós se agregavam aleatoriamente.

Quando se observa as redes sociais como interdependentes uma das outras, percebe-se que as pessoas estariam interligadas umas às outras em algum nível. Percebendo isso, o sociólogo Stanley Milgram realizou um experimento o qual ele enviava uma quantidade de cartas a vários indivíduos, aleatoriamente, solicitando que tentassem enviar a um alvo específico. Descobriu-se que das cartas que chegaram ao destinatário final, a maioria havia passado por um pequeno número de pessoas, indicando que as pessoas estariam a poucos graus uma da outra, vivendo em um “mundo pequeno”. Outra contribuição para o problema da estruturação das redes sociais, foi dado por Mark Granovetter, ao descobrir que os laços fracos seriam muito mais importantes na manutenção social que os laços fortes, pelo fato de que as pessoas participantes do laço fraco se conectam a vários grupos sociais. Ou seja, cada pessoa tem amigos ou conhecidos em vários lugares do mundo, mostrando a existência de poucos graus de separação.

O primeiro problema da teoria dos mundos pequenos foi explicado por Barabási, falando que as redes não eram formadas de modo aleatório, existindo uma ordem dinâmica de estruturação, ou seja, quanto mais conexões um nó possui, maiores as chances de ele ter mais novas conexões. Chamou essa característica de preferential attachment ou conexão preferencial, onde um novo nó tende a se conectar com um nó pré-existente, mas mais conectado. Isso implica em outra premissa fundamental, de que as redes não seriam constituídas de nós igualitários, tendo a possibilidade de ter, mais ou menos, o mesmo número de conexões. Na vida real, as redes costumam exibir um grau de distribuição (conectividade) variado, que não necessariamente funcionam nos modelos existentes. Tendo em vista essa análise, os modelos dariam conta do fenômeno das redes sociais na Internet?Para entender a validade dos modelos apresentados, serão expostos a diante alguns exemplos de sistemas que poderiam auxiliar a observação das redes sociais na Internet.

Inicialmente, um software chamado Orkut oferece as primeiras pistas para o desenvolvimento da análise. Mostrando os indivíduos através de perfis, é possível perceber suas conexões diretas (amigos) e indiretas (amigos dos amigos), assim como as organizações sob a forma de comunidades. Aparentemente, o Orkut parece demonstrar a existência de redes sociais amplas, altamente conectadas, com um grau de separação bastante pequeno, exatamente como o previsto no modelo de Watts e Strogatz. Porém, através de uma observação um pouco mais detalhada, percebe-se que a maioria das "distâncias" entre os membros do sistema é reduzida pela presença de alguns indivíduos, que são "amigos de todo mundo". Seriam os hubs, pessoas altamente conectadas, com um vasto número de amigos, contribuindo significativamente para a queda da distância entre os indivíduos no sistema. Uma análise mais profunda, observará que a aplicação do modelo de Barabási apresenta alguns problemas, visto o fato de que nem todos os amigos são realmente "amigos", por ser possível adicionar alguém sem ter com essa pessoa qualquer tipo de interação, tornando a maioria dessas conexões falsas e consequentemente não representativa no sentido de demonstrar a existência de uma rede social. Poderia então o Orkut ser classificado como uma rede social? A verdade é que, para o sistema, essas pessoas são conectores. Porém, essas redes não poderiam ser consideradas a priori redes sociais, pois em sua formação (ato de adicionar pessoas) elas dispensam interação. Portanto, eles só funcionam como hubs no sistema do Orkut.

Ainda assim, podería-se discutir que a interação social estaria nas comunidades e que elas também podem ser hubs, por abrangerem um grande número de participantes, conectando entre si, também, outras comunidades, ao mesmo tempo que não há interação. Percebe-se  no Orkut que o mesmo possui hubs que parecem estabelecer-se a partir da ordem de "ricos ficarem mais ricos", na medida em que as pessoas e comunidades mais populares continuam populares através do tempo, constituindo redes sem escalas. O que se pode observar é a existência de algum tipo de "conexão preferencial" com relação a atitude dos novos nós de procurarem "conhecidos" e tentar adicioná-los como amigos, na tentativa de reproduzir redes sociais do mundo offline. Sendo assim, não se torna possível dizer até que ponto essas distâncias sociais entre os indivíduos são realmente válidas porque a maioria das conexões não pressupõe uma interação social.

Blogs e Fotologs também representam um campo interessante de estudo das redes sociais, pelo fato deles possuírem uma lista de "amigos"ou "blogs/fotologs" favoritos, além de  mecanismos de interação, como ferramenta de comentários, trackbacks e emails. Eles podem representar redes sociais, a partir do momento em que cada weblog ou fotolog representa um indivíduo (ou um grupo) e a exposição de sua individualidade, como cita Recuero. Novamente, precisará ser feita uma pequena dissociação entre os blogs/fotologs enquanto redes sociais e enquanto redes de websites. Nesses sistemas é fácil observar a interação, na medida em que as pessoas "conversam" através de comentários. Sendo assim, cada comentário poderia representar uma nova conexão, mas isto não pode ser realizado a partir do momento em que surgem comentários negativos, causando uma retração do indivíduo. Portanto, nem todo o comentário representa uma nova conexão, uma relação aditiva de links. Surge um novo problema no modelo de Barabási, a medida em que se preocupavam com a dinâmica e as propriedades estruturais das redes, todos parecem ter esquecido que essas propriedades são determinadas pelas interações em si, que geram ou destroem conexões. A comunicação mediada pelo computador pode ser muito eficiente no estabelecimento de laços sociais por facilitar sua manutenção. Basta um comentário em um blog ou fotolog que já se mantém um laço social existente. Dessa forma, blogs e fotologs podem deixar o mundo ainda menor, seguindo o modelo dos mundos pequenos. As conexões não são feitas de modo aleatório, elas são feitas de modo intencional, onde as pessoas escolhem a quem se conectar, levando em conta valores específicos (capital social de um grupo ou indivíduo). Dessa forma, os nós não têm a mesma chance de receber comentários e links por não se tratar de uma rede igualitária. Nem todas as interações têm o mesmo peso e a mesma direção. Muitas sequer são construtivas.


Conclui-se que os modelos de análise das redes propostos por Erdös e Rényi, Watts e Strogatz e Barabási são insuficientes para perceber as complexidades de uma rede social na Internet. O modelo de Erdös e Rényi, que apresenta uma rede aleatória, merece seu mérito por ter visto as redes sociais como dinâmicas, porém, as relações entre os indivíduos não são aleatórias, pelo contrário, as pessoas levam em conta diversos fatores ao conectar-se a outro alguém. O modelo de Watts e Strogatz, apesar de apresentar uma construção importante acerca da clusterização e o valor das pequenas conexões não observa pontos fundamentais, como: a motivação dessas conexões, o teor das interações e laços sociais estabelecidos entre os nós e sua influência na rede. O modelo de Barabási traz uma importante ideia no sentido de prever o mecanismo de construção das redes, mas não leva em conta o custo de manutenção dos laços sociais, o contexto social e o capital social envolvido em cada interação. Percebe-se então que, todos os modelos apresentam falhas na aplicação às redes sociais na Internet, em maioria, devido à sua natureza matemática e pouco investigativa do teor das conexões e da não presunção de interação para a constituição do laço social.

terça-feira, 31 de março de 2015

A Cauda Longa - Capítulos 1 e 5.

Capítulo 1 


No ano de 1988, o montanhista inglês Joe Simpson, escreveu um livro de pouco sucesso chamado “Tocando o vazio”. Anos depois, no lançamento de outro livro com uma temática parecida, “Tocando o vazio” começou a vender novamente e, desta vez,  obteve sucesso. Esse tipo de acontecimento, relata o fato de que a indústria de entretenimento que antes baseava-se em hits, hoje, no século XXI, concentra-se em nichos. Os consumidores estão cada vez mais interessados em catálogos, com o intuito de vasculhar uma longa lista de títulos disponíveis. E quando mais vasculham, mais descobrem novidades e acabam gostando.

Tendo em vista esse novo tipo de indústria, as empresas têm como problema principal a necessidade de encontrar públicos locais. Muitos produtos de entretenimento capazes de atrair grande público, não superam as dificuldades do varejo local.

Durante o último século, a indústria do entretenimento achou uma solução para esses possíveis problemas: focar nos grandes lançamentos seria a grande estratégia, afinal, os hits não param de vender. Porém, a grande maioria dos consumidores querem muito mais que hits, tendo em vista que, a preferência das pessoas em alguns pontos se distanciam desses mesmos hits.

Esse tipo de economia movida a hits, ocorria num tempo em que não havia espaço suficiente para oferecer tudo a todos. Hoje, com o varejo online e a distribuição encontra-se um mundo de abundância. Porém, os grandes sucessos rendem um bom lucro, sendo assim, qual a justificativa para se incomodar com “fracassos” que vendem pouco?

É necessário “incomodar-se” a partir do momento em que esses “fracassos” se tornam a cauda longa. Afinal, tomando como exemplo a música, em plataformas online é possível encontrar aqueles velhos sucessos, as gravações ao vivo, as remixagens, etc. Dessa forma, a vantagem da cauda longa é a grande variedade, a qual é tida, muitas vezes, como prioridade por grande parte dos consumidores. Quando se trata desse assunto, a maioria dos negócios da Internet se utilizam dessa conduta, como o Google, que ganha boa parte do seu lucro com pequenos negócios.

Entende-se que, a grande maioria das mercadorias não está disponível em lojas físicas, dando vantagem ao meio online; o qual não limita escolhas.


Capítulo 5

A partir da mudança na indústria de entretenimento, surgem os Pro-Mas, amadores que junto com profissionais ajudam em determinado conteúdo, como aconteceu na Astronomia, em Kamiokande II onde os próprios amadores ajudaram a detectar 24 neutrinos em uma determinada explosão que acontecia na época. Isso se tornou possível através  do computador e de suas ferramentas de produção democratizadas.

Isso também ocorre com os blogs, devido ao advento de softwares mais simples e com custo menor, a editoração tornou-se simples e acessível a todos. O mesmo acontece com a edição de fotos por computador, jogos que estimulam os jogadores a criarem suas próprias alternativas, publicações de livros impressos por encomenda, etc. Entende-se que, os consumidores deixam de ser passivos para serem produtores ativos. O Wikipédia é um grande exemplo a ser citado, na medida em que é uma enciclopédia aberta e coletiva, tendo mais de 860 mil artigos em inglês quando comparado com os 80 mil da Britannica e com os 4.500 da Encarta.
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Porém, surge uma dúvida. Seria o Wikipédia, com toda essa “abertura” de edição feita por qualquer pessoa, confiável? A grande vantagem, é que o sistema se beneficia da sabedoria de muitos, tanto em profundidade quanto em amplitude. Porém,  a Wikipedia deve ser a primeira fonte de informação, e não a única. Deve-se explorar informações tendo em vista que ela não deve ser a fonte definitiva dos fatos.  O que torna a Wikipédia espetacular, é sua capacidade de melhorar devido a seus colaboradores, os Pro-Mas. Além disso, a Wikipédia oferece um grande número de verbetes sobre variadas temáticas, dessa forma, incluindo todos os hits numa enorme quantidade de nichos. E por que criar algo sem uma perspectiva de remuneração? Essa questão é fundamental para se compreender a Cauda Longa. Pode-se dizer que a Cauda Longa começa como economia monetária tradicional na cabeça e termina como economia não-monetária da cauda.

Por fim, o texto mostra que produtores de todos os tipos, começam na cauda com poucas expectativas de sucesso comercial, podendo se arriscar por terem menos a perder. Com as ferramentas de criatividade, agora baratas, o talento é distribuído de maneira mais dispersa. Tendo em vista essa discussão, a Cauda Longa poderá se transformar a área crucial da criatividade, onde as ideias irão se desenvolver e consequentemente, se transformar em sucessos comercias.


sábado, 21 de março de 2015

A Bíblia do Marketing Digital - Capítulos 1, 2 e 3.

Falando um pouco sobre o livro, achei de fácil leitura e bem legal :)

*01: O primeiro capítulo fala basicamente da evolução da Internet e a forma como o consumidor está conectado a ela.

Anteriormente, a internet servia, para as empresas, como um catálogo de produtos e serviços onde os internautas e consequentemente clientes utilizavam apenas para obter informações. Com o surgimento de novas aplicações (ferramentas de busca, blogs, redes sociais) os internautas passaram a assumir o controle tanto de produção quanto de consumo. Os consumidores que utilizam a Internet no Brasil são representantes das classes A, B e C, costumam ficar online por mais de uma hora durante a semana, buscando sempre informação, relacionamento e diversão. 

E dentro de todo esse meio de entretenimento e informação, existem regras estabelecidas? Não. As regras são informais e criadas pela experiência dos próprios internautas. Entretanto, para o marketing, há algumas condutas que devem ser levadas em consideração, como o consentimento de interação para que o usuário não se sinta invadido, preservação de uma boa experiência do usuário ao acessar o site, não enganar o cliente com promessas que não podem ser cumpridas, pensar sempre no fato de que são pessoas que estão tendo acesso a rede e não meros computadores, acreditar sempre na estratégia do boca-a-boca, entender que o cliente pode ajudar a resolver possíveis erros e manter simplicidade em plataformas para que o cliente não fique confuso e consequentemente desista de navegar por elas. 

Após essa abordagem sobre o "novo internauta", o autor fala um pouco sobre o ambiente online em si. Existem cinco ambientes que interagem, são eles: as ferramentas de busca que são o canal de acesso para a maioria das navegações na Internet, os sites que se utilizam de todo tipo de informação, as "revolucionárias" redes sociais que deram a oportunidade do consumidor assumir o controle da própria vida, e-mails que apesar de terem perdido espaço para as redes sociais de mensagem instantânea ainda são muito utilizados e jogos on-line onde há, além da diversão, uma interação entre os participantes muito intensa.

*02: O Segundo Capítulo aborda os ambientes, as ferramentas e as estratégias ligados ao marketing digital. 

O capítulo começa falando de uma história que tem o seguinte aprendizado: se você quer ter domínio sobre a Internet e possuir uma boa estratégia de marketing digital é preciso conhecer profundamente a sociedade como um todo. 

Existem terminologias comuns no âmbito da Internet, ou seja, linguagens particulares para entender esse meio. Além dos variados códigos como o HTLM que cria as páginas dos sites, o CSS que define a aparência da página do site, o PHP que é uma linguagem de programação executada no servidor e Flash que permite criação de animações e vídeos, existem as visitas  que significam apenas o ato de entrar no site, as exibições que são o número de vezes que o site aparece no ato da pesquisa, as palavras-chave que devem ser bem escolhidas para que o site apareça mais vezes na busca, os links patrocinados que permitem criar campanhas, entre outros. 

Através da evolução das linguagens de programação, a Internet se torna um ambiente complexo possibilitando a criação de websites. Os sites evoluíram para ambientes de comércio eletrônico, redes e mídias sociais, blogs, comunicação instantânea e jogos on-line. Uma aplicação de grande destaque é o E-commerce que cria a possibilidade de vendas online. Apesar de ser muito utilizado, muitas empresas que poderiam estar lucrando ainda não se deram conta desse benefício. Outro destaque são os Mashups e widgets que misturam parte de outros sites/serviços na construção de outro site, como os mapas do Google e vídeos do Youtube e o Crowdsourcing que são sites colaborativos que tem como objetivo gerar uma criação coletiva como livros, software ou resolução de problemas.

Em meio a todos esses recursos, a Internet nos mostra que não é mais possível pensar em ações isoladas, sendo assim é possível seguir um modelo composto por sete tipos de estratégia relacionadas ao marketing digital, são elas: o marketing de conteúdo necessário para manter o cliente informado através de publicações sempre frequentes mantendo o site visível, o marketing de mídias sociais construído com o intuito de interação social e compartilhamento de informações em variados formatos, e-mail marketing que tem uma grande importância e ao mesmo tempo desafio por ser tido como "ultrapassado" para a geração Y, marketing viral o qual requer bastante criatividade, pesquisa on-line que são importantes e costumam ter um custo menor, publicidade on-line que começou com os banners e hoje existem diversas possibilidades de serem feitas e monitoramento que é uma das partes mais importantes para se ter resultados . É importante que essas estratégias se interliguem. 


*03: O terceiro capítulo fala sobre a importância do marketing de conteúdo com relação ao consumidor.

Cada vez mais, o consumidor passa a buscar informação útil e relevante. O conteúdo pode ser em formato de texto, uma comparação/comentários entre produtos, áudio, vídeo, etc. O uso do marketing de conteúdo é a utilização suficiente de conteúdo permitindo que o consumidor se encontre, goste e se relacione com uma marca/empresa/produto. A ideia é ser útil. Porém, para se ter conteúdo é preciso de planejamento, feito a partir do conhecimento do público-alvo: saber quem ele é, o que ele pretende, como ele se comporta, que tipo de informação ele busca, que conteúdo posso produzir para que ele se interesse e ,além disso, como produzir esse conteúdo. Após o conhecimento desse público é preciso desenvolver uma posição de busca através da criação de conteúdo relevante e suficiente, criação de uma lista de palavras para uma maior visibilidade, utilização de ferramentas do google, etc. 

Para implementação desse planejamento é preciso colocá-lo em prática através de uma plataforma, como por exemplo blogs profissionais ou empresariais, com o intuito tanto de interação e informação, o fazendo ativo através de postagens sempre frequentes causando uma maior visibilidade e integração com o público. Porém, para que esse blog funcione é necessário a utilização de um software, como o WordPress, um software livre e muito utilizado. Para uma boa utilização do blog, além de fazer um planejamento de conteúdo, é necessária uma boma divulgação que é feita através de: interação com outros blogs desenvolvendo relacionamento com outros blogueiros, busca de novidades sobre o conteúdo desejado visando aumentar o o volume de visitas, utilização de mídias sociais para que haja uma ligação entre esses dois meios, criação de resumos sobre outras postagens, utilização do twitter. E ao final de tudo, monitore para que haja uma mensuração de resultados. 


Fim :)

~testando~

Primeiramente, antes de publicar meu resumo que será maior que o livro, só quero dizer que está sendo uma barra voltar ao "primeiro semestre".